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Mostrando postagens de maio, 2021

Ensaio: ANALFABETOS AFETIVOS

  Ensaio: ANALFABETOS   AFETIVOS Não é de hoje que este tema me intriga e esta definição – analfabetos afetivos - esclarece quase tudo a nosso respeito, a respeito da nossa condição humana e de humanidade. Infelizmente já ficou evidente que a religião não é solução para nossos problemas e carências, assim como, também já está claro, que a razão não consegue dar conta de tudo e nos deixar numa condição só de gozo aqui e agora (ilusão criada racionalmente). Aliás, acaba de saltar aos olhos uma condição humana latente, que sinaliza para uma outra infraestrutura (gozo, prazer, desejo, falta, sofrimento...) que nos movimenta. Infraestrutura porque é sobre ela que o humano erige a sua estrutura racional, cultural e social. Entretanto, lamentavelmente, a humanidade se convenceu racionalmente, de que é a razão a infraestrutura sobre a qual se deve erigir a vida. Aliás, numa outra crônica, eu já fiz uma analogia para   ilustrar esta ilusão, ou melhor, comparei este nosso...

ENSAIO: RECALQUES DA/NA PANDEMIA

  ENSAIO: RECALQUES DA/NA PANDEMIA Que a pandemia é uma tragédia para a humanidade, não resta dúvidas (para os que pensam com o cérebro; já para os que pensam não sei com o que, ela não passa de uma gripezinha). Inclusive, em outra crônica, falo em ano II d.C, ou seja, que estamos no ano II depois do Coronavírus, de tão grave que é a nova situação humanitária; nova porque entramos na era virulógica, era na qual qualquer país pode fazer estudos e manipular, ou, no mínimo, armazenar o vírus que causará mortes, estragos e prejuízos em qualquer lugar que seja largado. E, infelizmente, Hobbes tinha razão ao afirmar que o homem é o lobo do próprio homem. Entretanto, a minha intenção com este é outra, ou seja, dentre as inúmeras conseqüências devastadoras desta pandemia, temos várias que ainda nem começaram a aparecer. Vou   tentar explicar bem, pois a questão é tão sensível como fora a questão da apresentação do heliocentrismo para Galileu, que foi acusado de heresia e obrig...

Crônica: O MITO DO MITO DA CAVERNA

  Crônica: O MITO DO MITO DA CAVERNA Platão, filósofo grego do ano 348/347 a.C, apresentou o Mito da Caverna, uma metáfora de caráter filosófico-pedagógico que exibe um diálogo entre o seu mestre Sócrates e o personagem Glauco, um jovem aprendiz. Na verdade, é mais uma alegoria do que propriamente um mito. Lembrando, em poucas palavras, que o mito descreve um quadro em que pessoas estão presas contra um muro, por correntes, no interior de uma caverna (desde o nascimento) e que passam todo tempo tendo que olhar para a parede do fundo. Nesta parede são projetadas sombras, devido a luz de uma fogueira na entrada da caverna, sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, assim como representando cenas e situações do dia a dia que ocorrem fora da caverna, no mundo real. Os prisioneiros que somente enxergam as sombras contra a parede acabam como que atribuindo vida real as sombras, ou ainda, concebendo as sombras como parte da vida deles, vida que ocorre a...