Energia psíquica: sexual ou dinheiro, ou ...

 

Energia psíquica: sexual ou dinheiro, ou ...

Freud dedicou sua vida de pesquisador em torno da questão da “energia” que move o ser humano. Intrigado com a técnica da hipnose e com as experiências de Charcot, logo ficou claro que não era o físico/orgânico que “comandava” o humano, afinal, a pessoa hipnotizada conseguia fazer o que em circunstâncias normais não lhe era possível, como por exemplo, até mesmo caminhar. Enfim, estava claro que o problema não era físico, mas que havia alguma outra “força” que impedia a pessoa de caminhar.  Possivelmente, no período medieval isso seria atribuído a bruxaria ou a outras crendices.

Entretanto, lamentavelmente, Freud restringiu tudo ao mental, ou seja, aquela “força” que impedia a pessoa de caminhar seria mental. Mental “inconsciente-consciente” foi a grande hipótese de Freud para explicar a energia que move o ser humano. Felizmente, graças a Freud, as crendices medievais aumentaram a perda de espaço para as pesquisas e especulações racionais-científicas, na busca de entendimentos e explicações para a “energia-força” que move as pessoas.

Mesmo focando demasiadamente no mental, ficou evidente que a energia movente era interna e não externa a pessoa,

Na verdade, também está visível na teoria freudiana, que ele forçou a sua hipótese mental em tal medida, que o racional tentava continuamente engolir o animal, em sua teoria. Entretanto, felizmente, essa “digestão” nunca foi possível/definitiva, já que a condição animal sempre continuava lá, e pior, engolindo o racional em muitos momentos (da sexualidade?). Enfim, para não dar o braço a torcer, Freud ensacou tudo no “mental inconsciente-consciente”: instintos, sexualidade, emoções, corpo... tudo acabou no saco do “mental”.

 

Tercio Inacio

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Psicologia e neutralidade

crônica - O TRIPÉ DA PSICANÁLISE X A PRÁTICA EM PSICOTERAPIA