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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

crônica - EUREKA: a “gravidade/insegurança” nossa de cada dia

  EUREKA: a “gravidade/insegurança” nossa de cada dia   Diz a história, que Arquimedes descobriu a “gravidade específica” ao tomar banho em sua banheira, ou melhor, ao entrar na banheira ele percebeu que a quantidade da água derramada da banheira era equivalente ao peso/volume do seu corpo, que nela mergulhava. Digo isso porque, curiosamente, a minha intuição, sobre a “gravidade/insegurança nossa de cada dia”, me ocorreu antes do banho de rio, enquanto eu ainda estava sentado, de frente para o rio, e meditava sobre não sei o que. Minto, na verdade lembro, e eu não meditava, mas, refletia sobre um dano ambiental na mata ciliar desse mesmo rio, causado por vizinhos em minha propriedade.   Eu queria meditar, mas, a indignação me consumia. Até que consegui “atravessá-la” e me perguntar: POR QUE ISSO ME AFETA TANTO? Confesso que essa máxima interrogatória – e libertadora – já me ocorreu mais vezes. Quem sabe, até mais vezes que os banhos de banheira do Arquimedes. ...

ensaio: “SENSETIR” X SENTIR

  “SENSETIR” X SENTIR Há muito tempo já ando insatisfeito com as confusões teóricas criadas por se usar o mesmo termo – sentir – para referir-se aos sentimentos/emoções e as sensações que temos a partir dos nossos 5 sentidos, assuntos, ao meu ver, completamente diferentes.   Enquanto os 5 sentidos nos conectam com o mundo externo (será que nossa capacidade de “falar” também não seria um sentido, assim como o ouvir, já que nos conecta com os outros?), nos possibilitando ter sensações do que está fora de nós,   os sentimentos se dão, exclusivamente, dentro de cada um, afinal, ninguém pode sentir pelo outro. Aqui preciso abrir um parêntese para dizer que o mesmo ocorre com o pensar, ou seja, ninguém pode pensar pelo outro, apesar de muitas teorias da educação ainda acharem o contrário; fecho parêntese.   Claro que as sensações – sensetir a partir dos sentidos – também são processos individuais, já que cada indivíduo tem os próprios sentidos, por meio dos quais, ...

crônica: A PSICOLOGIA NO DIVÃ

  A PSICOLOGIA NO DIVÃ - Bom dia caríssima! Acomode-se no divã, por favor. - Bom dia! Obrigada doutor! - Não precisa me chamar de doutor, pois ainda não fiz Doutorado em Psicologia. - Está bem! E já que estás sendo sincero, tenho uma sincera questão preliminar: gostaria de saber o preço da sessão e a duração, pois não quero sair daqui, quando encerrarmos hoje, com mais um trauma. - É justo e está no seu direito! Inclusive, conforme o nosso Código de Ética, eu devo comunicar o valor antes do início do trabalho a ser realizado. Assim sendo, em respeito aos meus clientes e a minha classe, eu uso, como referência, o valor mínimo da tabela de honorários estabelecida pelo Conselho Federal de Psicologia, que hoje está em torno de 200,00. Posso cobrar menos, se a senhora achar necessário, mas nunca cobro mais. Já a respeito do tempo de cada sessão, infelizmente, o Código de Ética não foi muito ético para com os usuários do nosso serviço, pois não estabeleceu nem “um mínimo” de ...