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Mostrando postagens de julho, 2021

Ensaio(1) - SOMOS: INFRAESTRUTURA, ESTRUTURA E SUPERESTRUTURA

  Ensaio SOMOS: INFRAESTRUTURA, ESTRUTURA E SUPERESTRUTURA Inspirado pelos conceitos de infraestrutura e superestrutura de Marx, com os quais ele pretendia explicar as condições da vida em sociedade, ou seja, o materialismo histórico, segundo o qual, as ideias/o modo de pensar (superestrutura) das pessoas derivaria da base material de produção (infraestrutura) de uma sociedade. Assim sendo, e como os conceitos já deixam claro, é sobre a infraestrutura que a superestrutura é construída. Entretanto, apesar de partir de dois conceitos marxistas, a minha intenção não é social, mas, pelo contrário, é provocar uma reflexão a respeito da constituição do indivíduo. Nesta busca auspiciosa, além do Marx, também caminho na companhia de um grupo de estudos, grupo com mais de 15 anos de estrada. O mentor destes debates, o Paulo Leal, vem incansavelmente nos desafiando, orientando e incentivando a refletirmos sobre a nossa condição humana a partir de uma “inteligência natural” que sust...

Crônica: NÃO DESEJAMOS O OUTRO, DESEJAMOS O QUE SENTIMOS NA RELAÇÃO COM O OUTRO

  Crônica NÃO DESEJAMOS O OUTRO, DESEJAMOS O QUE SENTIMOS NA RELAÇÃO COM O OUTRO Se para Freud até o sonho tem umbigo, imagino como seria o umbigo da nossa condição afetiva. Aliás, há muito venho pensando que o umbigo - e não o coração – deveria ser o símbolo que representasse nossa afetividade.   Além disso, ele tinha (quem sabe ainda tenha) ligação direta com o teu sistema nervoso, logo, com todo o nosso corpo. E, como diz o velho ditado popular: “pare de olhar para o próprio umbigo”. Entretanto, penso que há um grande equivoco nesse ditado, pois acredito que, só quem olha para o “próprio umbigo” conseguirá, quiçá algum dia, ir além do próprio umbigo, do “umbigo afetivo”, inclusive. Em outros termos: quem não se suporta, jamais conseguirá considerar o outro como outro, ou, conforme Kant, como fim em si mesmo e não apenas um meio. E foi olhando para o próprio umbigo que percebi a dura verdade expressa no título. “Verdade tão verdadeira” que alguns, ou melhor, muitos...